28 de junho - O "dia D" dos PCR (negativos)

 

    O dia acordou quente. Dia de testes PCR, efetuados entre as 8 h e as 13:20 h, na Clínica Muelle Heredia, segundo marcação prévia, que todos cumpriram de forma exemplar. Individualmente, ou em pequenos grupos, os alunos iam à hora marcada, eram por nós recebidos e encaminhados para as instalações da clínica para preencherem o formulário e fazerem o teste. À saída vinham com um sorriso “foi top”; “não custou nada”; “foi bué rápido”…. E, lá seguiam para as suas vidas. Era o último dia e havia tanta coisa para fazer…. apenas dormir, tratar das malas, fazer uma compra de última hora, visitar aquele lugar, dar o último mergulho na praia…


    O Almoço comprado no mercado Central Atarazanas – brosqueta de salmón e boquerones em vinagre e 2 copas “vitória” confortou o estômago e a alma. Depois das 14 horas o António ficou na sua Acomodation a tratar de assuntos pessoais e da sua DT e eu fiz novo tour atá à Tribeka, para recolher assinaturas e documentos que não estavam conformes.

    Os resultados dos testes começaram a chegar para alegria de uns e inquietude de outros, porque não seguiam a sequência da ordem ou a hora em que foram efetuados.

    Pelas 16 horas apenas uma minoria tinha recebido o feedback positivo da clínica. E o Matias, sempre atento, mandou logo uma mensagem “Professora Ilda não disse que era às 16 h que enviavam os resultados??” E lá fui eu novamente até à Clínica, agora de “pistola em punho” saber a razão do atraso.

    Muitos testes, …. entre as 18 e 20 horas tudo estará concluído.

    Para não entrar em “parafuso” procurei refúgio no interior da catedral (la manquita) que ainda não tínhamos visitado por falta de tempo. Senti-me muito pequenina mas ao mesmo tempo grata, por ter oportunidade de usufruir da singularidade daquele espaço. Havia poucos visitantes o que me permitiu contemplar com tranquilidade cada detalhe no meio de um silêncio reconfortante. No final , sentei-me no meio da catedral e contemplei o criador pregado na cruz e aí tivemos aquela conversa que às vezes temos, olhos nos olhos, para agradecer, pedir proteção, pedir desculpa.

    Reconfortada na minha fé, avancei para o Museu Picasso. Era desta que ia ficar a perceber das suas pinturas, apreciar o seu “Cubismo”. Não tive muito sucesso, pois estava constantemente a ouvir o plim das mensagens no WhatsApp. Acho que contemplei mais vezes o telemóvel do que obras do artista, até que ouvi o som estridente de um telemóvel, a tocar numa sala cheia de gente com um ar muito entendido que me olhou  perplexa, … percebi que o tlm era o meu! Os “chicos” castrianos estavam inquietos. Dei meia volta, decidi terminar a visita e adiar Picasso para outras vidas.



    Já na rua, cheia de sede e porque não queria dar 1 euro por 25 cl de água, circulei pelo centro à procura do Carrefour express para comprar a água que me iria refrescar. Como o meu sentido de orientação é péssimo tive que recorrer ao Google maps para o localizar, mas, fiquei sem bateria. Após ter passado duas vezes pelo local sem ter reparado nele, finalmente encontrei o supermercado, o mesmo onde encontrámos os nossos 4 alunos no dia da nossa chegada. E ali no corredor das bolachas e da água, recordei a semana da mobilidade em Málaga.

    Depois de um banho, de um pequeno período de descanso e já com o telemóvel recarregado, foram chegando as mensagens dos testes negativos. Também tive que comunicar o meu, ainda que contrafeita. Como é que um professor tira negativa num teste e tem que o assumir perante os alunos ????!!!

    É claro que o Matias teve que fazer a partida do dia ao publicar no WhatsApp “deu positivo  ….para vontade de ficar cá” e só depois acrescenta… “negativo para covid”    .

 À noite videochamada com todos os alunos: preencher o questionário do viajante, obter o QRCode e relembrar hora em que cada grupo teria que apanhar o transfer para o aeroporto.

    Para finalizar o dia tivemos que cumprir uma promessa sucessivamente adiada desde o dia da chegada:  comer um gelado da gelataria “Casa Mira - helados y turrones” da rua Calle Larios que tinha sempre muita fila. Depois foi acomodar os pertences e os documentos nas bagagens e tentar dormir…..








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