27 de junho - Descobertas interessantes em "Alcazabas"
Domingo, dia livre, sem compromissos profissionais. Tínhamos pensado dedicar o dia à cultura - explorar a cidade e conhecer os monumentos e museus emblemáticos.
Ao pequeno-almoço, o meu companheiro de viagem, António Jorge,
confidenciou-me, com ar pesaroso, que não me poderia acompanhar. Estava
preocupado com a reunião da sua DT no dia seguinte. Por isso, teria de dar
seguimento a esse compromisso.
E, lá foi eu à descoberta. Bem cedo a aproveitar a brisa fresca da
bela manhã de domingo. A cidade ainda dormia, cansada do bulício e das noites
animadas de sexta e sábado. Encontrei a Calle Lários deserta, calma, com um
brilho indescritível. Prossegui, passei por ruas e ruelas que já tinha
percorrido antes, mas agora sem gente, sem ruído. A cidade parecia que me
queria abraçar, contar os seus segredos. A cada passo e em cada canto, ia descobrindo
pormenores, apontamentos (em cada janela, fachada, candeeiros, …) que antes
tinham passado despercebidos.
Deixei-me abraçar pela cidade, pelos seus encantos, pela sua
melancolia. Fui usufruindo de cada momento e dei por mim nostálgica, com saudades - dos meus, do meu espaço, do almoço de domingo...
Já eram 10 horas e aventurei-me pela Alcabaza. Percorri esse imenso pedaço da história, inteirei-me dos factos com a ajuda do áudio guia, deixei-me aprisionar pelos encantos do local, idealizei batalhas, mouras encantadas salvas pelos seus príncipes. Contemplei e fotografei vistas de cortar a respiração.
Este local é imperdível, com uma vista deslumbrante sobre a
cidade, ocupando uma superfície de 21.310
m² e um perímetro de 1.310 metros de muralha, com 8 torres maciças.
De seguida, Museu de Málaga – impressionante, imponente, grandioso. Percorri a exposição de Eugénio Chicano e ainda mais dois pisos. Não tive “pernas” nem energia para visitar o resto do museu. Quando dei pelas horas já eram 13 horas! A fome apertava e o cansaço também. Deixei o museu com a intenção de voltar à tarde. Não foi possível. A tarde foi passada com o aluno Dário Magro no Hospital Regional Universitário de Málaga. O ligeiro problema de saúde do aluno estava a evoluir favoravelmente após tratamento indicado no sábado por um farmacêutico, mas, para tranquilizar a mãe portuguesa e a mãe espanhola, fomos nós “tomar o pulso” ao sistema de saúde espanhol. Entre admissão, triagem e consulta decorreram 3 horas. Normal! E o cartão europeu de saúde funcionou!.
Para finalizar este dia de domingo, o grupo reuniu-se no meet point e às 21 h lá fomos nós apoiar o jogo da nossa seleção, outra vez no café restaurante “El Domm – Trattoria Y Drinks”, desta vez na companhia de uma bela "tabla mista" (queso, embutidos, jamón) acompanhada por umas cañas Gran Reserva, porque a tarde tinha sido dura e a noite também não estava a correr de feição, dado o resultado do jogo. Mais uma foto de grupo e cada um seguiu para as suas casas. Estávamos na reta final e o “dia D”, ia ser longo…
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